Eu sei o título desse post é muito longo e não deveria ser assim por uma questão estética e prática. Mas o que eu posso fazer? A genialidade de Raul Seixas na música "Eu também vou reclamar" não pode ser restringida.
E qual a relação disso com BI? Bom, depois de publicar o artigo Quando todos acreditavam que a Terra era plana recebi um email de um amigo que falava o seguinte (textualmente):
"Edu, o problema que vejo aqui é que, quando passamos para um patamar de idéias mais sofisticadas e completas do que os relatórios, os valores também extrapolam a realidade. Inovar tem um custo proibitivo em BI. O que percebo é que o único player que permite este tipo de criatividade com tudo já embarcado foi o Qlikview com suas novidades. Mas hoje ele já esta se tornando apenas mais um. O que acha?".
Depois de escrever algumas linhas respondendo ao email dele percebi que seria muito mais útil publicar a resposta aqui. Então, vamos a ela.
Primeiro, quero deixar claro que na minha opinião INOVAR (palavra bastante usada ultimamente) não é sinônimo de comprar um produto novo e muito menos de tecnologia nova. Na minha opinião, inovar significa fazer algo novo, algo de um jeito novo ou aproveitar algo velho de um jeito diferente. Um exemplo simples - já que esse texto não tem pretensão de discutir inovação - é usar a água do banho para a descarga. Não é necessariamente uma inovação tecnológica, uma vez que armazenar água e transportar a mesma de um lugar ao outro é coisa antiga, mas é inovador porque traz novidade à forma de se usar a água, traz um viés consciente e de respeito ao meio ambiente.
Isso dito, vamos a inovação tecnológica e mais especificamente em relação ao BI. Meu amigo está certo quando diz que ferramentas mais poderosas e completas são mais caras (preço + infraestrutura + manutenção + profissionais) do que o bom e velho Excel. Não há como discutir com isso.
Mas é da necessidade e da situação adversa que a inovação se alimenta. Existem infinitas formas e ferramentas que podem ser exploradas em conjunto para se atingir o objetivo esperado. Já demos alguns exemplos aqui no BLOG:
- o Analysis Server vem "de graça" para quem tem Licença MS SQL Server;
- o MicroStrategy continua com a política de licença gratuita até 100 usuários (MicroStrategy: Bom, Bonito e Barato?);
- Existem fornecedores nacionais de BI, como a Senior (Senior BI: mais detalhes);
- E mesmo o pacote mais simples da SAP (o BO Edge) tem um preço bastante acessível;
- O próprio Qlikview ainda é uma opção viável (Dashboard: visibilidade, resultados e dúvidas - Parte 2 de 2);
- Ainda não convencido, tem o bom e velho Excel (É possível fazer BI com MS-Excel?). Pra quem duvida do poder do MS-Excel, eu convido a olhar esse BLOG: excelcharts.com .
Essa é uma parte. Os grandes players são apenas UMA opção. Existem diversas opções razoáveis para visualização e análise. Mas não é na ferramenta que a mágica acontece. A ferramenta é só a janela por onde a mágica pode ser vista. O coração das possibilidades geradas por um sistema de BI bem feitos estão no desenho completo da solução:
- na modelagem multidimencional;
- na estratégia de carga e transformação;
- no entendimento das necessidades de negócio;
- nas fontes de dados disponíveis;
- na experiência do profissional de BI que suporta o processo e o cliente.
E tudo isso ao som de Raulzito!
Grande abraço,
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