quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Dashboard: visibilidade, resultados e dúvidas - Parte 2 de 2

Como prometemos!

No post anterior: "Dashboard: visibilidade, resultados e dúvidas - Parte 1 de 2", falamos dos aspecto conceituais de um Dashboard. Mas o mundo não é um conceito e saber utilizar conceitos em termos práticos é uma qualidade de poucas pessoas.

Pelo que pudemos observar, a equipe de IT da DIVICOM está fazendo um bom trabalho liderada por Rafael Quadrotti, gerente de Informática da empresa.

A receita parece fácil. A equipe do Rafael foi capaz de:

  1. reunir indicadores já existentes;
  2. utilizar-se de uma tecnologia de mercado já usada na empresa - Protheus - para evitar re-inventar a roda;
  3. conseguir o suporte de pessoas-chave na organização;
  4. ter o objetivo de resolver um problema na organização;
  5. manter a discussão nas necessidades de negócio e não em detalhes técnicos (veja mais detalhes no artigo: "Eu só quero um relatório simples que...").
Resultado? Um Dashboard simples, reutilizando ferramentas existentes e que de fato atenda a uma necessidade de negócio.

Ainda segundo o Rafael, a idéia não é parar por aí. A DIVICOM já está trabalhando em uma PoC (proof of concept - prova de conceito) em QlikView, colhendo os louros do primeiro projeto. Esse é o espírito, melhorar sempre trazendo valor ao cliente, seja ele interno ou externo.

Abaixo vocês podem conferir a entrevista na íntegra*:

BRINTELLIGENCE - Por que vocês iniciaram o projeto de Dashboard na DIVICOM e quem iniciou o projeto (IT ou alguém do negócio)?
Rafael Quadrotti: Ele se iniciou com uma proposta simples. Entendendo nosso cenário: a TI não possui budget fixo, com isso, todas as aprovações de custos pequenos ou grandes devem passar sempre pela direção financeira. Surgiram necessidades críticas de visão gerencial e de controles que precisavam de uma nova solução sistêmica centralizando diversas informações e definindo os atuais KPIs. Onde surgiram estas necessidades: no financeiro. Ótimo. Foi a oportunidade que encontramos para apresentar uma solução mais inteligente: um Dashboard. Não chegamos a encarecer o projeto, ao contrário, ele foi bem estimado. Desta forma este foi nosso início. Uma necessidade de uma área e uma oportunidade entendida pela TI.


BRINTELLIGENCE - Qual era o objetivo para a implantação do Dashboard? O objetivo foi atingido?
Rafael Quadrotti: O objetivo do Dashboard era a visualização de todas as receitas e despesas em um único local, gerando o resultado operacional da empresa permitindo o drilldown de informações até o nível de um usuário. (Importante, estamos falando de resultados em planos de saúde).

BRINTELLIGENCE - Vocês foram capazes de medir resultados gerados pela implementação do Dashboard?
Rafael Quadrotti: Não diretamente. Quando a ferramenta entrou em produção o antes e o depois foram perceptíveis. O ganho foi em gestão, tomadas de decisões mais rápidas propiciadas pela análise. Hoje esta ferramenta é o coração da gestão Financeira da empresa.

BRINTELLIGENCE - Como definiram os indicadores relevantes?
Rafael Quadrotti: Eles já existiam, traduzimos para uma ferramenta da mesma forma que o usuário estava acostumado.

BRINTELLIGENCE - De onde vem os dados mostrados no Dashboard?
Rafael Quadrotti: Do ERP, de sua base transacional.

BRINTELLIGENCE - Como foi o projeto? Traumático? Qual foi o maior desafio?
Rafael Quadrotti: O projeto foi tranquilo, pois não aguardavam ansiosamente. A entrega foi mais complicada, pois quando notaram o poder da ferramenta, fora inúmeras as solicitações de ajustes e melhorias para chegar ao ideal de vários gestores.

BRINTELLIGENCE - Falando em números: quantas pessoas participaram do projeto? Algum suporte de consultoria? Qual foi o investimento aproximado?
Rafael Quadrotti: 1 Gerente de Projeto, 1 Analista de Processos e Negócios, 1 Consultor SR., 1 Desenvolvedor SR., 3 Stake Holder e Sponsor: Diretor Financeiro.

BRINTELLIGENCE - Algum conselho para quem vai começar um projeto agora?
Rafael Quadrotti: Meu caso é muito peculiar, mas pode ser a fórmula para que tecnologias que aparentam ser muito caras possam ser adotadas nas pequenas empresas.
Os conselhos são os mesmos: atenção ao escopo do projeto; tenha um Sponsor realista e envolvido; foco nas entregas e aceite as alterações coerentes, pois estas alterações permitirão uma transição tranquila; documente; documente; documente; comunique; comunique; comunique. O cliente final precisa estar ciente de tudo. Sempre.

Sobre a DIVICOM: a Divicom é uma empresa de gestão na saúde, que aplica a experiência de cada profissional da empresa nos processos operacionais e estratégicos das organizações de saúde. O caráter inovador do escopo de serviços que a Divicom Administradora de Saúde desenvolve, considera soluções de gestão de custos, receitas e revisão de processos para o segmento da saúde, assim como também a consolidação de vantagens competitivas para operadoras, hospitais, empresas de autogestão e outras corporações do segmento.

Caso você também tenha um case interessante que queira dividir, entre em contato ou deixe um comentário.

Grande abraço,

* As respostas do Rafael Quadrotti foram escritas por ele mesmo, por isso, passaram somente pela revisão ortográfica. Concordância e pontuação não foram alteradas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário