O CEO entra na sala e pergunta num tom monótono:
- batemos a meta de vendas para o mês passado?
O responsável por vendas prontamente responde:
- Sim
No exato mesmo momento, o diretor financeiro dizia:
- Não
Ta bom, eu sei que a situação acima é cliché e também sei que ela está exagerada. Mas o ponto é válido: em inúmeras organizações (grandes, sérias, sólidas e estruturadas) vemos diversas respostas para a mesma pergunta. Os mais afoitos dirão que existe uma resposta correta e portanto as outras devem estar erradas.
Ledo engano, em muitos casos existem várias respostas certas. No exemplo acima, por exemplo, podemos considerar:
- vendas líquidas, vendas brutas, vendas com e sem comissão,
- a meta de vendas para um canal específico, para uma linha de produtos específica ou para toda a empresa,
- a meta de venda para uma filial ou ponto de vendas específico ou para toda a empresa.
Apenas para dar ALGUNS exemplos. A resposta permanece: batemos a meta? Bom, sem querer chover no molhado: o problema está na pergunta. Qual meta? Que meta?
Essa é uma armadilha muito comum quando tentamos desenvolver soluções de BI: não compreender a pergunta e mesmo assim insistir em propor uma resposta. Infelizmente a realidade é mais complexa que isso, cabe a nós, profissionais da área, fazer as perguntas que deixem claro(s) o(s) motivo(s) por trás de uma pergunta. Cabe a nós garantir que conhecemos e compreendemos os termos, as definições, as formulas, as métricas, as variáveis de tempo e as exceções.
Esse é o começo de um bom metadata e o único caminho seguro para efetivamente suportar a tomada de decisões nas organizações.
Grande abraço,
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