Mostrando postagens com marcador verdade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador verdade. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

BI, comunicação e conscientização

Eu já falei sobre esse assunto aqui, sobre minha crença de que BI pode e deve ser usado como ferramenta de comunicação. Eu falei sobre isso no artigo: Business Intelligence como canal de comunicação.

E o que eu tenho para falar de novidade sobre o assunto? Bom, acontece que eu fui apresentado a um ótimo exemplo. Não necessariamente de BI como ferramenta de comunicação, mas de informação complexa, consolidada e bem apresentada (lembra alguma coisa?) como instrumento de comunicação. 

O exemplo é de Al Gore, Ex-Vice-Presidente Americano no documentário Uma Verdade Inconveniente (An inconvenient truth - no original em inglês) de 2006. O vídeo pode ser visto, com legendas em português aqui:


O show - porque aquilo não pode ser chamado de palestra - que Gore nos apresenta é incrível, na minha opinião por 3 motivos principais:

  1. Relevância - a mensagem e o assunto discutido de Gore têm impacto na vida de cada um de nós, e ele toma cuidado de deixar isso BEM claro e também de rebater os "mitos" que pregam que o aquecimento global não é um assunto importante.
  2. Conteúdo - os dados apresentados por Gore não são apenas extensos (uma medição de 650 milhões de anos não é comum) são também confiáveis, uma vez que foram fornecidos pelos melhores cientistas do mundo e pelos órgãos melhores qualificados para fornecer a informação.
  3. Apelo visual - todos os gráficos e números apresentados foram cuidadosamente trabalhados e a visualização re-inforça a mensagem dos números. O ponto máximo para mim, é quando o gráfico "explode" para fora da área de projeção e Gore acompanha o mesmo com uma grua, FANTÁSTICO!
Outro ponto fundamental para o sucesso da comunicação das informações foi a simplicidade com que os dados foram apresentados. Olhando o gráfico que relaciona CO2 e temperatura no planeta é impossível, mesmo para um aluno primário, não ver uma relação.

Fica aí o exemplo de apresentação, coerência e comunicação. Fica a nossa contribuição para espalhar essa mensagem de vida e fica a dica cultural para assistir a esse documentário que já é um clássico.

Grande abraço,

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A Torre de Babel do BI

O CEO entra na sala e pergunta num tom monótono: 
- batemos a meta de vendas para o mês passado?

O responsável por vendas prontamente responde: 
- Sim

No exato mesmo momento, o diretor financeiro dizia: 
- Não

Ta bom, eu sei que a situação acima é cliché e também sei que ela está exagerada. Mas o ponto é válido: em inúmeras organizações (grandes, sérias, sólidas e estruturadas) vemos diversas respostas para a mesma pergunta. Os mais afoitos dirão que existe uma resposta correta e portanto as outras devem estar erradas.

Ledo engano, em muitos casos existem várias respostas certas. No exemplo acima, por exemplo, podemos considerar: 
  • vendas líquidas, vendas brutas, vendas com e sem comissão, 
  • a meta de vendas para um canal específico, para uma linha de produtos específica ou para toda a empresa,
  • a meta de venda para uma filial ou ponto de vendas específico ou para toda a empresa.
Apenas para dar ALGUNS exemplos. A resposta permanece: batemos a meta? Bom, sem querer chover no molhado: o problema está na pergunta. Qual meta? Que meta?

Essa é uma armadilha muito comum quando tentamos desenvolver soluções de BI: não compreender a pergunta e mesmo assim insistir em propor uma resposta. Infelizmente a realidade é mais complexa que isso, cabe a nós, profissionais da área, fazer as perguntas que deixem claro(s) o(s) motivo(s) por trás de uma pergunta. Cabe a nós garantir que conhecemos e compreendemos os termos, as definições, as formulas, as métricas, as variáveis de tempo e as exceções. 

Esse é o começo de um bom metadata e o único caminho seguro para efetivamente suportar a tomada de decisões nas organizações.

Grande abraço,