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quinta-feira, 31 de março de 2011

A nova solução para seus problemas: HANA (?)

Se você é profissional SAP e não vive em um aquário, você muito provavelmente escutou falar de HANA. HANA significa: High Performance Analytical Appliance (em tradução livre: uma aplicação analítica de alta performance). Mais informações oficiais podem ser encontradas no site oficial, aqui.

O primeiro anúncio sobre HANA foi feito no SAPPHIRE 2010 (chegamos até a mencionar isso no artigo: In memory, em memória e o futuro do Business Intelligence - BI). E o anúncio foi feito pelo alto escalão da SAP, vale a pena dar uma olhada nos vídeos abaixo:
Vishal falando sobre o assunto

Hasso falando sobre o assunto:

A SAP fez até um vídeo muito bacana usado no último SAPFORUM tentando explicar as capacidades do SAP HANA 1.0:



Mas de fato, o que é HANA? Em resumo, SAP HANA é o primeiro produto que utiliza uma série de técnicas e inovações tecnológicas para suportar a tomada de decisões em tempo real. Entre os pontos que valem a pena destacar:
  • In-Memory - não é exclusividade da SAP, essa tendência veio pra ficar. Com o barateamento da memória ficou evidente que em um futuro próximo, disco rígido será peça de museu. Isso pode ser visto em outros lugares. Laptops estão usando cada vez mais discos SSD (solid state disk), os iPhones também não usam mais memória e vários provedores de BI também estão adotando esse modelo (para citar um, QlikView por exemplo).
  • Armazenamento colunar - lembra que você aprendeu que cada registro é uma linha no banco de dados? No caso do HANA isso não é verdade. Cada registro é uma coluna. Por que? Grosso modo, quando um comando SQL de sumarização é executado no banco de dados, mesmo querendo o total de uma coluna, o banco tem que ler todas as linhas. Com o armazenamento colunar, é preciso ler apenas 1 linha. A linha que contêm toda a informação que deve ser sumarizada. Eu vou escrever outro artigo sobre armazenamento colunar no futuro e posto o link aqui.
  • Real Real-time - consulta em tempo real de verdade. Quem conhece as práticas de mercado de DW e BI sabe que, em geral, as informações são transferidas para o DW em processos de carga. Essas cargas podem ser diárias, semanais ou mesmo mensais dependendo da necessidade de negócio. A promessa da SAP é utilizar uma tecnologia adquirida com a aquisição da SYBASE para que todo registro feito no sistema transacional esteja disponibilizado milisegundos depois no HANA.
Mas na minha opinião, o lançamento do produto HANA em si não é a melhor notícia. A melhor notícia é a existência e aplicação PRÁTICA dessas inovações tecnológicas que fazem parte do HANA. A menssagem da SAP é clara, este é apenas o primeiro produto. Tanto é que o HANA 1.5 já está no forno. Eu acho que além de uma campanha de marketing bem feita, o discurso de que uma nova geração de softwares (equivalente a criação do famoso R/3) pode estar prestes a nascer. Vamos ver o que o futuro nos reserva.

Para aqueles que como eu querem escutar um cliente antes de tomar uma decisão, eu encontrei um case da Hilti que vale a pena ser visto (em inglês):


Se você quer uma segunda opinião, isso é o que o Dilbert tem a dizer sobre possibilidades "real-time":

Dilbert.com

Grande abraço,

terça-feira, 30 de novembro de 2010

off-topic: Esquenta a briga por tecnologia móvel

Eu sei que o tema é meio off-topic, mas vocês tem que admitir que é relacionado. Eu já falei aqui algumas vezes da tendência dos dispositivos móveis se tornarem uma grande mídia para profissionais de BI. Reforçando essa idéia, a TI INSIDE publicou dois artigos bem legais anunciando o início oficial das vendas de IPADs no Brasil e as movimentações da NOKIA para manter a liderança no mercado de smartphones.

Vale a pena conferir.

Grande abraço,

terça-feira, 10 de agosto de 2010

In memory, em memória e o futuro do Business Intelligence - BI

In memory ou processamento em memória parece ser a bola da vez. A gigante alemã SAP usou boa parte de suas palestras no SAPPHIRE 2010 discutindo o assunto e todos os outros grandes players do mercado investem no assunto.

No Brasil, o assunto também é discutido e, mais importante, já é realidade: de acordo com a Computer World de julho, a Coca-Cola do Brasil já está usando in memory na sua área financeira. Você pode ver a reportagem completa aqui.

Mas de fato, o que é in memory? Eu vi uma definição muito boa de Ingo Brenckmann no último SAPPHIRE, que pode ser vista aqui. Claro que tem um pouco de propaganda, mas os conceitos estão, em sua maior parte, presentes.

Em poucas palavras: processamento em memória é um conjunto de técnicas, tecnologias e ferramentas que permitem o armazenamento de um grande volume de dados em memória, tornando possível a análise desses dados em tempo real, acompanhando o raciocínio humano, sem ruptura no processo de análise.

Apesar de querer me ater aos benefícios criados para o usuário final e as potencialidades de utilização, não posso deixar de ressaltar os principais impulsionadores dessa tendência:
  • a evolução do poder computacional;
  • o barateamento dos custos de aquisição de memória;
  • a necessidade constante de respostas imediatas para problemas imediatos;
  • a crescente complexidade dos cenários analisados, que fazem da análise de cenários e simulações uma ferramenta básica.
Agora que sabemos o que é e o que levou ao processamento em memória, fica a pergunta mais importante: o que podemos fazer com isso?

Na verdade a potencialidade completa ainda não foi explorada, mas existem alguns exemplos que já são realidade em muitas ferramentas de mercado:
  • Análise de crédito: imagine que um cliente entra em contato por telefone solicitando a aprovação de um crédito adicional de 10% para compra de mercadoria. Utilizando processamento em memória, o atendente poderia obter informações sobre histórico de pagamento, probabilidade de inadimplência baseada em características do cliente, impacto no orçamento mensal e anual da empresa no caso de se conceder ou não o crédito, além dos impactos no objetivo pessoal e departamental em dois cenários: o cliente ser um bom pagador ou não. O mais impressionante: a resposta é imediata e baseada nas informações do último segundo de transações no ERP, o cliente recebe ou não a liberação do crédito na mesma hora.
  • Simulação de cenários de planejamento: com a escassez de recursos que toma conta de várias empresas e departamentos, é muito comum receber solicitações do tipo: por favor, reduza sua previsão de gastos para o próximo ano em 10%. O fato é que mais e mais as empresas amarram seus planejamentos com eventos: sejam eles projetos, eventos de marketing, campanhas etc. Nessa nova realidade, reduzir 10% no orçamento geralmente não é um exercício simples. Com o processamento em memória seria possível criar diversos cenários "on the flight" sem o envolvimento direto de TI levando-se em consideração: cancelar o evento A ou B e seus respectivos impactos, não apenas no novo objetivo orçamentário, mas também na lucratividade da empresa e em todos os demais componentes (gastos, despesas operacionais, vendas, crescimento orgânico etc). E com isso, fornecer informações em tempo real, para defender um BOM orçamento ou ajustá-lo de forma a adequar o planejamento a realidade.

Grande abraço,