sexta-feira, 27 de agosto de 2010

SAP anuncia SAP NetWeaver BW 7.3

Eu sei, esse artigo é mais específico que os demais. Mas o que seria BI sem ferramentas? Como uma das grandes empresas de ERP e BI do mercado acaba de lançar seu novo release, nós resolvemos analisar o novo pacote. Aqui estão nossas opiniões:

Está claro que os famosos Enhancement packages (pacotes de melhorias) chegaram para ficar. Seguindo sua estratégia de longa data, a gigante alemã SAP acaba de lançar o release 7.3 de seu SAP NetWeaver.

Baseado no que pudemos ver, o novo release traz os já esperados: melhoria de performance, aumento de estabilidade e a correção de pequenos erros (bugs) aliada a alguns benefícios palpáveis. Separamos alguns  destaques:
  • a carga de dados está mais rápida depois de uma otimização no código fonte. Esse tipo de melhoria é sempre bem-vindo em ambientes com grande volume de dados;
  • a integração com SAP BO Data Services também foi melhorada. Agora os Data Services podem ser vistos como sistemas fontes (source systems) e fontes de dados (datasource) na mesma interface que mostra os componentes do SAP ECC, por exemplo (transação RSA1);
  • os controles de carga delta foram expandidos para fontes alternativas como: flat files, DB Connect, UD connect e Web Services.
Outra funcionalidade bem interessante para clientes que tem em performance seu ponto crítico é a possibilidade de se utilizar, com a nova versão, bancos de dados Teradata e HP Neoview. Além das melhorias no BW Accelerator (BWA).

De forma geral, a migração para o SAP NetWeaver 7.3 deveria ser considerada em dois cenários: caso você já tenha planos de migrar seu ambiente no futuro próximo; ou se você possui necessidades específicas nas áreas de: performance, carga de dados de sistema legado ou integração com BO Data Service.

Se você tem interesse em mais detalhes, a documentação oficial da SAP pode ser acessada aqui.


Grande abraço,

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

É possível fazer BI com MS-Excel?

Amarrado a meus contratos eu não posso revelar nomes de empresas. O fato é que eu conheço algumas empresas multinacionais, gigantes e mesmo líderes em seus segmentos que utilizam MS-Excel em mais de uma área (Finanças, Marketing e etc.) para apurar e analisar boa parte dos relatórios e índices que qualquer profissional de TI diria serem típicos de BI.

Essas análises se espalham por diversos assuntos: rentabilidade, análise de gastos, planejamento financeiro, planejamento de projetos, vendas, análise de crédito, contas a pagar, contas a receber e a lista continua.

A pergunta portanto é pertinente: essas empresas estão fazendo BI? E caso estejam, porque investir em projetos multimilionários para usar ferramentas mais tipicamente conhecidas como de BI, como por examplo: COGNOS, Microstrategy, SAP Business Objects e BW, Qlikview, dentre outras.

Fazendo um pouco de pesquisas, encontrei um vídeo antigo (de 2006) bem interessante do Mike Arcuri, Group Program Manager mostrando algumas funcionalidades de Office 2007 que ele considera ótimas para endereçar problemas e perguntas clássicas de BI. Ou seja, algumas pessoas, mais do que aceitar a utilização de Excel como ferramente de BI, veem como uma vantagem as facilidades e familiaridades que acompanham o Excel. Veja o vídeo aqui.

Voltando à nossa pergunta: podemos fazer BI com MS-Office/Excel? Baseado na minha experiência sim. As empresas usando MS-Excel como ferramenta de BI estão de fato, fazendo BI quando utilizando técnicas e conceitos do mesmo.
 
 Acho que o grande ponto que merece e deve ser discutido é a segunda pergunta: por que outras empresas e especialistas continuam indicando a utilização de ferramentas "próprias" de BI? A resposta aqui é bem clássica: de forma resumida e simplificada, se a necessidade pedir uma solução parruda, escalável, com baixa tolerância a falha, estável e com alto desempenho, MS-Office não é a ferramenta ideal. As ferramentas próprias de BI no mercado fornecem tudo isso: escalabilidade, falha próxima a zero, estabilidade e alto desempenho. A grande lição que eu tiro disso tudo é que:
  1. é possível fazer BI sem ferramentas adequadas
  2. é possível não fazer BI com ferramentas adequadas (quando utilizamos as ferramentas de BI apenas para relatórios simples e listagens)
Grande abraço,

terça-feira, 10 de agosto de 2010

In memory, em memória e o futuro do Business Intelligence - BI

In memory ou processamento em memória parece ser a bola da vez. A gigante alemã SAP usou boa parte de suas palestras no SAPPHIRE 2010 discutindo o assunto e todos os outros grandes players do mercado investem no assunto.

No Brasil, o assunto também é discutido e, mais importante, já é realidade: de acordo com a Computer World de julho, a Coca-Cola do Brasil já está usando in memory na sua área financeira. Você pode ver a reportagem completa aqui.

Mas de fato, o que é in memory? Eu vi uma definição muito boa de Ingo Brenckmann no último SAPPHIRE, que pode ser vista aqui. Claro que tem um pouco de propaganda, mas os conceitos estão, em sua maior parte, presentes.

Em poucas palavras: processamento em memória é um conjunto de técnicas, tecnologias e ferramentas que permitem o armazenamento de um grande volume de dados em memória, tornando possível a análise desses dados em tempo real, acompanhando o raciocínio humano, sem ruptura no processo de análise.

Apesar de querer me ater aos benefícios criados para o usuário final e as potencialidades de utilização, não posso deixar de ressaltar os principais impulsionadores dessa tendência:
  • a evolução do poder computacional;
  • o barateamento dos custos de aquisição de memória;
  • a necessidade constante de respostas imediatas para problemas imediatos;
  • a crescente complexidade dos cenários analisados, que fazem da análise de cenários e simulações uma ferramenta básica.
Agora que sabemos o que é e o que levou ao processamento em memória, fica a pergunta mais importante: o que podemos fazer com isso?

Na verdade a potencialidade completa ainda não foi explorada, mas existem alguns exemplos que já são realidade em muitas ferramentas de mercado:
  • Análise de crédito: imagine que um cliente entra em contato por telefone solicitando a aprovação de um crédito adicional de 10% para compra de mercadoria. Utilizando processamento em memória, o atendente poderia obter informações sobre histórico de pagamento, probabilidade de inadimplência baseada em características do cliente, impacto no orçamento mensal e anual da empresa no caso de se conceder ou não o crédito, além dos impactos no objetivo pessoal e departamental em dois cenários: o cliente ser um bom pagador ou não. O mais impressionante: a resposta é imediata e baseada nas informações do último segundo de transações no ERP, o cliente recebe ou não a liberação do crédito na mesma hora.
  • Simulação de cenários de planejamento: com a escassez de recursos que toma conta de várias empresas e departamentos, é muito comum receber solicitações do tipo: por favor, reduza sua previsão de gastos para o próximo ano em 10%. O fato é que mais e mais as empresas amarram seus planejamentos com eventos: sejam eles projetos, eventos de marketing, campanhas etc. Nessa nova realidade, reduzir 10% no orçamento geralmente não é um exercício simples. Com o processamento em memória seria possível criar diversos cenários "on the flight" sem o envolvimento direto de TI levando-se em consideração: cancelar o evento A ou B e seus respectivos impactos, não apenas no novo objetivo orçamentário, mas também na lucratividade da empresa e em todos os demais componentes (gastos, despesas operacionais, vendas, crescimento orgânico etc). E com isso, fornecer informações em tempo real, para defender um BOM orçamento ou ajustá-lo de forma a adequar o planejamento a realidade.

Grande abraço,

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Reforço ao time da Brasil Intelligence - BI

Bom dia e boa semana a todos,

Enquanto a maioria das pessoas aproveitou o fim de semana para descansar, nossa equipe aproveitou o fim de semana para confirmar uma ótima notícia: o time da Brasil Intelligence - BI começa a semana reforçado por dois novos membros:
  • Jorge Vasconcelos entra para o time de colunistas com toda sua experiência prática e conceitual. Seja muito bem vindo Jorge, a casa é sua. Infelizmente, por conflito de agendas, não contaremos no momento com outros autores permanentes, mas trabalharemos com convidados (atualizado em 10.maio.2011);
  • Ingrid Halasz Aberle entra para o time como nossa editora e revisora, alguém para colocar ordem na casa. Seja também muito bem vinda a nossa humilde casa.
Para completar o time, este que lhes escreve: Eduardo L. Rodrigues Jr.
    Se você também quer fazer parte de nosso time, mande um comentário ou um email para rodrigues.eduardo@gmail.com que entraremos em contato!

    Grande abraço,

    Sistemas de (suporte a) decisão

    O suporte a decisão é mais que uma característica, mas também um objetivo de muitas soluções de BI. Mesmo que formalmente os Sistemas de Suporte a Decisão (SSD) ou Decision Support Systems (DSS) em inglês pertençam a uma classe específica, seus conceitos e algumas ferramentas são usados largamente dentro do mundo BI.

    Na prática, no entanto, muitas pessoas esquecem de ler as palavras "SUPORTE A" e acabam assumindo que as soluções criadas e implementadas são sistemas de decisão e esperam que decisões sejam geradas automaticamente pelo sistema.

    Está claro que, respeitando-se certas limitações, os sistemas computacionais podem tomar certas "decisões" simples, como por exemplo:

    • gerar uma requisição de compras ou mesmo um pedido de compras quando o material X chegar a um nível Y no estoque;
    • tentar reiniciar um serviço que tenha "caido" em um servidor;
    • bloquear transações bancárias caso o padrão de consumo tenha sido drasticamente quebrado, entre outras.
    É necessário atentar para o fato de que todas as decisões tomadas pelos sistemas computacionais devem ser previsíveis, ou seja, não se pode esperar criatividade ou mesmo aprendizado com erros passados. Essa afirmação está em imediata contradição com diversos requerimentos analisados por mim.

    Na minha opinião: o problema de pedir ao sistema que o mesmo decida no lugar de um ser humano está na previsilibidade da resposta. Num mundo competitivo como o nosso tomar sempre a decisão previsível nunca vai gerar diferencial competitivo.

    O poder dos sistemas de suporte a decisão está em:
    1. automatizar decisões rotineiras e, principalmente,
    2. proporcionar ferramentas de análise de grandes volumes de dados e projeção de cenários futuros para a tomada de decisão por um ser humano.
    Grande abraço,

    quinta-feira, 5 de agosto de 2010

    Informação na ponta dos dedos

    Read this post in English HERE 

    Estava eu, em casa, assistindo a semifinal da liberdadores e decidi que queria saber o resultado do último confronto entre São Paulo e Inter. Peguei meu iPod (no qual digito este post) e obtive a informação que eu buscava em segundos.

    Conclusão: as informações não devem apesar existir, devem também estar disponíveis e acessíveis para toda e qualquer pessoa que precise daquele dado ou informação.

    Esse é um erro comum em soluções de informática de um modo geral: nós, que temos formação técnica, tendemos a criar soluções que primam questões técnicas e conceituais. Porém tendemos também, a esquecer de um tema bastante em moda: usabilidade.

    Possuir dados, informação ou indicadores disponíveis para acesso às pessoas devidas não é o bastante. A acessibilidade tem que ser fácil, eficiente e, por que não, sexy.

    A informação tem que estar disponível na ponta dos dedos SIM, mas a informação tem que ser correta, confiável e segura.

    Grande abraço,
    ____________
    Eduardo Rodrigues é profissional de Business Intelligence há 8 anos, já atuou como cliente, empreendedor, palestrante, consultor, arquiteto de soluções e gerente de projetos. Casado, pai de dois filhos é ainda autor de um livro de poesias chamado “Poemas de Botequim”. Perfil no LinkedIn: http://br.linkedin.com/in/rodrigueseduardo. Siga-o no Twitter: https://twitter.com/edur0dr1gue5

    O que é Business Intelligece

    Eu acabo de começar o BLOG e além de um bom nome - Brasil Intelligence - achei que devia começar do começo. Não há nada mais fundamental que definir Business Intelligence.

    Antes de mais nada, vai aqui um alerta: esse BLOG não possui pretensões acadêmico-teóricas, por isso vamos tentar nos ater a uma definição simples a prática.

    Caso queira uma definição clássica tem um vídeo bem legal a respeito (em Inglês):


    Ou ainda a definição colaborativa da Wikipedia em português ou inglês.

    De acordo com a minha experiência, Business Intelligence (às vezes traduzido como Inteligência de Negócios) é: um conjunto de conceitos, ferramentas e aplicações que permitem analisar e medir dados a fim de, principalmente:

    • compreender e encontrar padrões
    • gerar propostas (de planejamento, produção etc.)
    • avaliar tendências
    • analisar séries históricas
    • comparar dados e informações de fontes distintas
    • agrupar e consolidar fontes de dados diversas (estruturadas ou não)
    Tudo isso de forma amigável e intuitiva, mudando o foco do analista de GERAR informação para ANALISAR resultados e para a tomada de decisão. Por isso, as ferramentas de BI também são conhecidas como ferramentas de suporte a decisão.

    Grande abraço,

    Juntando a fome com a vontade de comer

    Se alguém me perguntasse o motivo que me levou a iniciar esse BLOG, eu não teria dúvidas em responder: - Juntei a fome com a vontade de comer.

    Minha história como autor vem do passado: escrevo poesias desde os 11 anos (já publiquei um livro, inclusive: Poemas de Botequim) e estou trabalhando num livro de ficção que deve ficar pronto no ano que vem. Essa característica me deu a fome.

    A vontade de comer veio do fato de que nos últimos anos venho acompanhado o desenvolvimento de ferramentas de conceitos relacionados a Business Intelligence e muito surpreso chego a conclusão de que não existe muito material verdadeiramente brasileiro a respeito.

    Digitando no Google (www.google.com.br) as palavras "Business Intelligence", em toda a primeira página encontro apenas três links para páginas em português:

    1. a definição de Business Intelligence no WikiPedia
    2. o site de uma grande empresa de softwares M....soft
    3. um texto antigo (de 2007) de João Sidemar Serain

    Ou seja, é hora de desenvolver literatura nacional, não acadêmica e de qualidade. Alguém a fim de ajudar?

    Grande abraço,